Dizimar é
Bíblico
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para
que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós
bênção sem medida.” Ml 3.10, 11 e 12.
O Dízimo foi instituído por Deus a Seus amados. As primeiras citações
referem-se ao período patriarcal, a Palavra mostra-nos Abrão (“E de tudo lhe
deu Abrão o dízimo.” Gn 14.20) e Jacó (“e, de tudo quanto me concederes,
certamente eu te darei o dízimo.” Gn 28.22) como observadores desta prática.
Posteriormente, com a Eleição de Israel como povo de Deus, tornou-se um
mandamento. O dízimo era uma prática comum antes da Lei, durante a Lei e
mandamento aos que vivem após a Lei.
O Novo Testamento deixa claro que o Senhor Jesus reconhecia o dízimo
como um mandamento válido aos Israelitas, inclusive, era judeu e nascido sob a
Lei ("Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,"
Gl 4.4), com a missão de cumpri-la ("Não penseis que vim revogar a Lei ou
os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos
digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei,
até que tudo se cumpra." Mt 5.17,18).
Jesus não determinou de forma direta a obrigatoriedade em dar-se “os
dízimos” aos participantes da Nova Aliança, no entanto, este costume é citado
algumas vezes no Novo Testamento, levando-nos a entender que é uma bênção que
se estende aos Cristãos.
1. Abraão dizimou:"E de tudo lhe deu Abrão o dízimo." Gn 14.20
Abraão ao regressar da vitória sobre os reis inimigos, deu a Melquisedeque,
sacerdote de Deus e rei de Salém, o dízimo de tudo que possuía e despojos da
vitória.
2. Jacó movido a dar o dízimo:"...de tudo quanto me concederes,
certamente eu te darei o dízimo." Gn 28.22
3. Na Lei Mosaica."A décima parte das colheitas, tanto dos cereais
como das frutas, pertence a Deus, o SENHOR, e será dada a ele." Lv 27.30 e
"Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano
após ano se recolher do campo." Dt 14.22O
O objetivo do dízimo
O objetivo principal é para que “haja sustento na
casa de Deus”. Deve-se entregá-lo no local definido por Deus, geralmente, a
Igreja na qual congregamos e ou Ministérios envolvidos com a Obra do Pai. O uso
dos montantes advindos do dízimo deverá usado exclusivamente para a manutenção
das despesas ministeriais, e nos canais usados para a pregação do Santo
Evangelho.
É lamentável a constatação que o “dinheiro do Senhor” é usado por alguns
líderes para a sua satisfação pessoal, bem como, aplicado em “situações” que
não beneficiam a Obra do Senhor.
Estes prestarão contas a Deus por suas ações pecaminosas.
O dízimo no novo testamento
O Novo Testamento não faz profundas referências a
respeito do tema, mas, movidos pelo Espírito Santo, compreendemos que é bom e
agradável dizimarmos a Deus.
Paulo, dirigindo-se às igrejas ensina que deveriam fazer coletas, nas
quais os servos dariam segundo a sua prosperidade ("Quanto à coleta para
os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia
da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade,
e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for." 1Co 16.1-2).
É uma ação de amor, generosidade e alegria ("E isto afirmo: aquele
que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com
abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração,
não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.
Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo,
ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra, como está escrito:
Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre." 2Co
9.6-9).
As ofertas eram segundo as posses da cada um. Este é o mesmo
entendimento para o dízimo hoje, uma doação à igreja de ofertas agradáveis, que
devem ser usadas na manutenção do templo, missões e no auxilio aos irmãos mais
carentes, ligados ou não à denominação, afinal, no Reino não há denominações.
É inaceitável que as igrejas (instituições) guardem o dinheiro do Senhor
(poupança e aplicações diversas) enquanto há tantos irmãos, frentes
missionárias, ministérios, etc. necessitados recursos financeiro para a
pregação do evangelho.
Usa-se como parâmetro, no mínimo, a décima parte dos teus vencimentos,
no entanto, não é uma obrigação usar a calculadora, dê com liberalidade.
Em nossos dias, este mandamento está desgastado, é visto pela sociedade
como um meio de explorar a fé dos mais simples. Esta visão deturpada nasceu em
decorrência dos exageros práticas pelos pregadores que não observam os
princípios de Deus em suas vidas, e literalmente, roubam os servos ao fazerem
promessas mirabolantes de riquezas e prosperidades advindas da entrega do
dízimo.
O Apostolo Paulo, escreveu uma carta à igreja de Corinto, na qual diz:“O
homem natural não aceita as cousas do Espírito... pois lhe é loucura; e jamais
pode entendê-las.” 1Co 2.14.
O dízimo é uma bênção àqueles que nasceram de novo e são movidos pelo
Espírito de Deus em todas as situações. O homem natural (em pecado) não entende
estas coisas e são tomados por questionamentos diversos, usando-os como base,
não aceitam o mandamento que orienta-nos a reservar partes dos rendimentos para
o Senhor e disponibilizá-los na forma de dízimos e ofertas.
Inclusive é comum ao “homem natural” questionamentos tais como:. Deus
não precisa de dinheiro!. Deus é dono de tudo!.
Não vou encher a barriga de pastor!. Ganho pouco, e sou pobre!. Não
sobra para o dízimo!. Tenho escola das crianças, e muitas despesas!. Isto é
para os ricos!. etc.
São homens que ainda não entregaram verdadeiramente suas vidas nas mãos
do Senhor, são “naturais” e não conseguem enxergar com os olhos do Espírito a
vontade de Deus para a vida de seus escolhidos.
Jesus literalmente afirma: “ Assim, pois, todo aquele que dentre vós não
renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” Lc 14.33
Esta é a principal condição exigida aos servos, a renúncia. Quando
renunciamos a princípios, pensamentos, finanças, conhecimento, sabedoria e até
a razão; nos tornamos “barro na mão do Oleiro” e somos reconstruídos com as
qualidades comuns a Cristo. Estas “novas criaturas” são tomadas pelo Espírito
Santo e as “coisas espirituais” afloram em atos e ações.
Dízimos nos dias contemporâneos
É nosso dever como servos do Senhor devolvermos a
Ele os dízimos, observando os preceitos bíblicos, e tomados por uma verdadeira
voluntariedade.
É dar com prazer, com alegria.
Dar Voluntariamente "...vossas dádivas, e de
todos os vossos votos, e de todas as vossas ofertas voluntárias que dareis ao
SENHOR." Lv 23.38O dizimar era uma obrigação de cada israelita, mas, o
desejo de ofertar deveria nascer no interior do coração, marcado por gratidão e
alegria, uma ação voluntária, através da qual o Eterno era adorado.
Assim devemos agir, não constrangidos por uma obrigação, mas, com prazer
e alegria, pois é do Senhor e é para o Senhor.
Vida Santa, uma condição"Se, pois, ao trazeres ao altar a tua
oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa
perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e,
então, voltando, faze a tua oferta." Mt 5.23,24A Santidade é uma condição
especial, ela gera comunhão e intimidade com o Pai. Antes de trazermos as
nossas ofertas ao Senhor, é necessário fazermos um "balanço" e
confessarmos pecados e acertarmos todas situações que destoam da vontade de
Deus.
Uma Gratidão.
"Oferece a Deus sacrifício de ações de graças
e cumpre os teus votos para com o Altíssimo; invoca-me no dia da angústia; eu
te livrarei, e tu me glorificarás." Sl 50.14,15As ações, dizimar e ofertar
é uma demonstração que reconhecemos a soberania de Deus e o cuidado que Ele tem
para conosco, abençoando-nos no cotidiano em todos os aspectos de nossa
existência.
Os fiéis são abençoados
Quando os servos movidos pelo amor a Deus entregam
os dízimos com alegria, tornam-se detentores da promessa de Deus.
Ele afirma: “...e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não
vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida.”
1. Derramarei Bênçãos sem Medidas.É preciso que a nossa visão,
inicialmente seja espiritual, esta é a visão que verdadeiramente nos interessa.
Não devemos dizimar interessados em recompensas materiais. O sentimento que
deve nos mover a entregar os dízimos é o amor a Deus. E o Eterno em sua
misericórdia recompensará, não necessariamente com prosperidade, mas,
possivelmente com a melhor das bênçãos a espiritual e a possibilidade de fazer
a Sua Obra.Lembre-se:"Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia
a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo." Lc 14.33
2. Vossa vide não será estéril.Existe a benção de prosperidade prometida
aos fieis. Deve-se esperá-la, jamais buscá-la. Pois há tempo para todas as
coisas, e o Senhor conhece as necessidades de cada um. A preocupação deve estar
em conservar uma vida santa, reta e justa diante de Deus.
3. As Nações vos chamarão de felizes.Como é bom encontrar um servo fiel,
sempre feliz, um rosto formoso que resplandece a paz de Cristo, mesmo em meio
às muitas lutas e dificuldades. São estes os fieis do Senhor, que triunfam e
voam como águias (Is 40.31) acima de todas as dificuldades. São agraciados com
o derramar de bênçãos sem medidas.
4. Para que haja mantimento.Quando há fidelidade nos dízimos, a Casa do
Senhor é agraciada com recursos que serão usados na pregação do Evangelho,
abençoando missões, ministérios e também, o social, vestindo aos irmãos
necessitados.
Deus é fiél, honra a Suas
promessas!
Nossa obrigação e sermos fiéis, honrarmos ao Eterno
em todas as áreas da vida e dizimar é uma destas obrigações, quando O honramos
com os dízimos e ofertas tornamo-nos mais próximos do Pai e somos habilitados a
recebermos as bênçãos divinas.
Sedes fiéis ao Senhor nos Dízimos e Ofertas e verão a sua glória
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